xuxu...

"Desculpas?"

Não consigo ficar realmente chateada contigo. Aborrecida, sim, e quantas vezes. Quando teimas em fazer-me parecer-te indiferente. Quando é preciso desdobrar-me toda para te arrancar um simples beijito na cara. Quando pões aquela (desculpem o termo) cara de cu que me tira do sério!

Mas já não te consigo imaginar de outra forma. Gosto de ti de uma maneira tão fofinha e estúpida que, depois de dois dias sem te falar, quando nos voltamos a ver, não resisto a gritar por ti, correr para ti e implorar-te por um pouquinho de feedback...

E há muito que precisava de um abraço teu.

Ontem, quando esse finalmente surgiu... e o mundo fugiu mesmo por debaixo dos meus pés, soube a resposta para a tua pergunta:

"Desculpo, sim. Como seria possível não desculpar?"

Beijo enorme e um abraço dos que nos fazem sentir mil cores
e nos fazem viajar por mil sítios
e nos fazem ouvir mil melodias,

do teu xuxu, que te ama de uma forma muito fofinha e estúpida :)

São sonhos de miúdos... e de graúdos

Loirito, cara de anjo.

A correr pelo átrio com um sorriso rasgado na cara. Não olha para onde põe os pés, mas sim para o ar. O seu olhar segue aquela pomba.

- Quero um filho assim!

- Como, fofinho?

- Sim. - respondi.

"Não, que sonhe alto. Bem alto! E que corra assim atrás dos seus sonhos!" - pensei.

E continuou o miúdo a correr, de um lado para o outro, com os braços no ar e com a convicção de que apanharia aquela pomba.

E talvez a apanhe, um dia.

talvez...

Déjà vu

Tantos rostos! Uns novos, outros conhecidos, outros esquecidos... mas, pricipalmente, crescidos, todos! - Aquela miúda dos cabelos pretos e do aparelho nos dentes é agora ruiva e de sorriso perfeito. Hei, e a Rosinha, que já não é a Rosinha! E este rapaz grande quem é? -

Pois, mas 5 minutos depois, a conclusão é: a parvoíce continua. A piadinha sempre pronta, a língua afiada e o humor em alta! Mas eu percebo. Precisam de chamar à atenção. Engrandece-lhes o ego! De qualquer forma, já se habituaram à personagem de bobo da corte. Depois, quando lhes convém, calam-se todos. "Ah e tal, porque quero ir-me embora." Pois, temos pena, eu não, por isso, é a minha vez de fazer barulho. Que chatice!

É que não há paciência!

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Mas também, se assim não fosse, se se tivessem tornado em homens e mulheres, mais maduros e responsáveis, não os reconheceria, e o reviver dos momentos não teria sido tão intenso... dos tempos de catequese, do descer a encosta desamparados, com os guarda-chuvas na mão, todos virados do avesso pelo vento, e a gritar a cada trovão; dos tempos da malha e da macaca; das salas de duas turmas e do som do giz no quadro...

Quando voltei para casa hoje, com a folha rabiscada na mão, o quentinho no coração e os olhos brilhantes e húmidos, com a amiga daqueles e destes tempos também, e quando ela se despediu com um 'até logo' e seguiu o seu caminho, agarrei-me ao que tinha a às memórias e desatei a correr em direcção a casa.

Com cada passada que dei, voltei a ter um metro e pouco, cabelo comprido e grosso, e senti-me de novo uma menina pequena,

senti-me livre, leve, com o espírito de um criança,

a Paulinha dos olhos azuis de sempre :)

Uma migalha |para (me) enternecer|

O meu papá todo queridinho, cá fora de casa, sentado no chão, a fazer festinhas ao gato, como um pai que brinca com um bébé pequeno... :')

I like pyjamas...

You like pyjamas :)

Uma migalha |para rir ou sorrir|

"Reeeeeeeeeeeee do re me re ... do re me fe sel le si de"

São daquelas coisas simples que, no momento certo, conseguem arrancar de nós uma boa e sonora gargalhada!

Obrigada ao autor e deixa-me, desde já, elogiar o teu solfejo e destreza mental! xD

[ P.S.: piadas de músicos ]

Hoje faço anos…3!

Pois é verdade. 1 de Setembro de 2007 e lá andávamos nós, farda vestida, gravata apertada, de um lado para o outro, sempre agarradas. Uma forte amizade começava a ser construída e quatro vidas diferentes iam-se entrecruzando a cada palavra dita, a cada gesto feito.

“As raízes do salgueiro são extraordinárias pela sua força e pela tenacidade com que se agarram à vida.”

Sei que passámos óptimos momentos. Sei que já nos conhecemos minimamente (e digo minimamente, porque acho que só aqueles velhinhos de setenta e tal anos conhecem bem as pessoas com quem viveram, conhecem a vida, bem melhor do que nós a conhecemos e alguma vez vamos conhecer…). Sei que nos temos suportado, aturado, repreendido e elogiado, escutado e aconselhado. Sei também que temos rido juntas, chorado juntas. E eu (que já fui uma Paulinha que não “a Paulinha do costume”, distante e quadrada) sei-o bem. Sei que estão aí, a observar e sempre a tirar notas, para depois atacar. E só tenho a agradecer-vos estas “investidas”, tão suaves mas, ao mesmo tempo, eficazes, que me fizeram ir pelo melhor caminho, atravessar os muros e calcar as pedras.

Com tudo isto que temos vivido juntas, as raízes da nossa amizade vêm a assemelhar-se cada vez mais às de um salgueiro. A cada dia que passa, mais fortes, mais agarradas.

E por isto peço-vos que não me larguem, que não me cortem estas raízes às quais tanto me apeguei e das quais preciso para me alimentarem, para me manterem viva! Não vamos deixar que as folhas do salgueiro caiam e levem com elas pedaços de nós. Por favor, vamos regar esta nossa linda planta que cresce há já três (curtos) anos.

Deixo-vos assim, com este pedido, com esta ‘relembrança’ (olh’ó Mia Couto) e com mais uma citação, com a qual nos identifiquei… leiam e talvez se (nos) revejam nela, como eu.

“Há momentos na vida em que as peças maiores deslizam e mudam de posição. Por vezes, as grandes mudanças não acontecem gradualmente, mas todas de uma vez. Foi assim connosco. Foi no dia em que descobrimos que os amigos podem fazer por nós coisas que os nossos pais não podem.”

Um beijo enorme, minhas lindas, e um até para a semana!
Tenham um bom melão :)

[citações de: Ann Brashares, em AMIGAS PARA A VIDA]