segunda-feira, 19 de julho de 2010

Agora, posso voltar a sorrir-te...

Sim, admito: Custou, e bastante!

Pensei que seria mais fácil, mas os primeiros tempos foram bem duros. Não conseguia olhar para a tua cara sem me apetecer esganar-te. Logo que sentia a tua presença, lembrava-me do que me fizeste.

E, sinceramente, andavas irritante! Não falavas, e quando falavas, era torto. Sempre enjoado, cabis-baixo, de mal com o mundo. Pensavas que todos os problemas tinham caído sobre ti? Olha que não...


Mas o meu objectivo também não é julgar-te, ainda por cima agora, que tudo está a voltar à normalidade. Posso, finalmente, olhar para ti e não sentir aquele ódio. Posso falar contigo sem ter de controlar os insultos, as verdades que tanto me apertavam o peito por não as deixar sair...

A verdade é que pensei em mudar. Não a mim, mas sim o meu espaço. Mudar o nome, a imagem e as cores. Os temas e o jeito de organizar as palavras.

Mas depois de pensar (não muito, tentei ser o menos "consciente" possível), cheguei à feliz conclusão de que se o tema deste cantinho foi criado a pensar na nossa amizade e se, passado este tempo todo, a amizade voltou, não fazia sentido apagar o que de bom esta trouxe para a minha vida (e para a tua, espero), apenas e só por causa de algo que aconteceu entre nós, que acabou, e do qual apenas quero guardo o que foi de bom!

Por isso, um "Olá de novo!" e um "Podes voltar a entrar cá em casa, já és da família, por isso, serve-te à vontade"...

Também eu estou de volta a casa, ao meu canto, ao meu conforto, sem rancores, sem ódios, com a tua amizade apenas...e a sorrir!


quarta-feira, 14 de julho de 2010

*Encantada*

Uma voz rouca
Uma guitarra
Uns la lá lás e uns bi rá dá dás

...e a magia começa!


O acompanhamento em ostinato:
o corpo não resiste, a alma não permite,
e começo a embalar-me ao som da melodia triste.

- o coração palpita -

Mais uma cadência
Um novo acorde. Outro, e outro...
E uma frase que fica suspensa
e me corta a respiração.



Aquele rosto, velho e cansado.
O olhar, melancólico, mas feliz...
Uma maturidade inexplicável!


Fala-se de saudade. Canta-se a saudade.


Sorrio e ele retribui...


Meu Deus, como gosto da guitarra
e do fado. Como gosto da MÚSICA!